De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o nível ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%. Portanto, quando a taxa cai para 30%, já pode ser considerada uma situação de alerta e prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes.
Tanto o aumento da umidade quanto a diminuição podem fazer mal à saúde.
Nos dois casos, existem também duas preocupações que se tornam bem relevantes: as consequências que essa umidade pode causar nos móveis e paredes e, principalmente, os impactos causados na saúde dos ocupantes.
Os esporos produzidos pelo mofo e que pairam pelo ar podem criar quadros alérgicos e de rinite, agravar a asma, causar tosse seca, dores de cabeça e transmitir bactérias que levam a infecções. Casos de pneumonia também podem ser desencadeados em pessoas que convivem em locais onde há a incidência de bolor.
Mas como isso ocorre? Quando respiramos, o ar da atmosfera entra no nosso corpo sendo filtrado pelas narinas até chegar aos pulmões, o qual será utilizado na produção de energia.
Quando estamos em ambientes fechados e sem renovação do ar, o desenvolvimento de microrganismos tende a ser muito maior quando comparado aos ambientes externos. Isso acontece, especialmente, devido a existência de materiais e equipamentos poluentes, da própria ocupação humana e da umidade gerada em ambientes internos que não possuem qualidade do ar.
Da mesma forma, a pele é afetada pelos esporos que pairam no ar, desencadeando alergias tópicas. Similarmente, problemas oculares estão entre os danos do emboloramento de superfícies causado pela umidade. Os esporos causam coceiras, irritação e alergias nos olhos.
Os riscos são bem maiores em pessoas vulneráveis, como idosos, bebês, crianças, grávidas e pessoas com algum tipo de imunodeficiência, como as que já tiveram tuberculose.
Entretanto, embora exista sim um grupo mais vulnerável a esse tipo de problema, é importante ter em mente que pessoas sem problemas respiratórios não estão totalmente imunes as consequências da umidade no ambiente. Isso porque as longas exposições aos micro-organismos levam ao desencadeamento de problemas respiratórios mesmo em pessoas totalmente saudáveis.